XADREZ MEMÓRIA

Xadrez de memórias, histórias e (es)tórias, de canteiro, de sussurro, de muito poucos...

12/08/13

FILOSOFIA, CRIANÇAS E...XADREZ


 



Não, não vem de agora, esta “moda” pedagógica de empanturrar escolarmente os meninos com carradas e carradas de horas vitamínicas de Português (não Literatura, da verdadeira, que essa não existe a bem dizer nos currículos) de Matemática, ou Inglês, deixando as outras à míngua famélica de uma carga horária exígua, de 100 minutos ou mesmo 50 deles por semana. Também não será de admirar que determinadas disciplinas tenham sofrido o ataque, o opróbrio, a chacota de nada servirem para o PIB, o deficit, as finanças públicas e há que as ostracizar, desprestigiar, acabar com elas se possível. 


Um “cratino” ou uma “lulufrufru” conseguiriam lá vislumbrar a mínima importância da Educação Visual, da Educação Musical, da Educação Tecnológica, entre outras para a formação de um jovem? Mas não só estas disciplinas que têm levado no “lombo” pela estupidez governativa no que diz respeito a Educação. A Filosofia é outro exemplo carismático de uma área do saber cada vez mais arredia dos interesses do poder dominante em relação ao Ensino e nem vou perder tempo a explicar as razões tão simples elas são.
Acontece que cá por casa somos adeptos da introdução da Filosofia no ensino básico e logo no 1º Ciclo, fosse nas AEC, fosse agora na Oferta complementar, mas podemos tirar o cavalinho da chuva, porque….


E quando se fala de filosofia para crianças e jovens tem de se referir  Oscar Brenifier e já gora o seu companheiro de ilustração, Jacques Desprès. “L’Aprenti-Philosophe”, “Les Petits albums de philosophie” , “PhiloZenfants” entre outras, bem como “O Livro dos Grandes Opostos Filosóficos”, que lhes ganjeou o “Prix de la Presse des Jeunes” em 2008, o prémio Jeunesse France Télévision” no mesmo ano, e em 2009 o prémio “La Science se Livre”, bastavam para colocar Brenifier e Després como dois belíssimos lutadores da Filosofia como ideário comum na vida em geral e na Educação em particular, mesmo dos mais jovens.


E todo este “relambório” para quê? Para comprarem os livros? E porque não? Eles estão traduzidos da Nathan e  em Português nas EdiCare Editora.  Porque tem alguma relação com o Xadrez? Claro! No capítulo dos Opostos, relacionado com a Razão e a Paixão, O Xadrez aparece como ilustração da razão, para duas páginas à frente Benifier nos confrontar com a possibilidade de a inovação, a genialidade ser uma combinação “subtil dessas duas facetas da nossa personalidade, que nem sempre se dão bem”.
E talvez o Xadrez seja isso, uma enorme possibilidade de criatividade humana entre “paixão e razão”. 




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