Tornamo-nos
mais altos, mais à frente do que ela
Antecipamo-nos
ao seu negro gadanho,
Queremos
vencê-la mesmo vencidos
Surpreendemo-la
de antanho
Ela ri-se,
penteia-nos desprevenidos.
Assim seja,
mas o que desponta em flor
Ninguém, nem
ela consegue colher…
Morte alguma
consegue depois da dor
A semente da
memória arborescer.
Foto tirada do seu blogue ( trabalhada)
Guichard,
tinhas um feitiosinho pior que Gambito de Rei
Mas a tua
gargalhada franca, aberta de 64 casas
Promovia na
última fila de nós empate de simpatia
Não era
preciso, não era necessário o abandono
Antes do
xeque-mate,
Podias ter
tentado um final e um perpétuo, ou
Rei contra
Rei, mas pronto…quem mandava no teu tabuleiro-vida?
Assim
Guichard, mais um para o tal torneio
Que queria
fechado, restrito a muito poucos
Mas que a
negra ceifeira quer tornar num “open”
Sem convidados
ou grandes-mestres.
Nunca fomos
amigos, xadrez rápido, por vezes relâmpago
De olá,
estás bom e segue…
Mas morreste-me
e cada colega de xadrez que parte
Obriga-me a
nova partida cá dentro.
Caro amigo
Guichard, não posso já rodar o mecanismo do tempo
E atrasar a
tua partida , mas…
Prefiro perder
por tempo e não acionar o botão do meu lado,
Assim ficarás
mais tempo em mim, que dizes?
Do Arlindo,
tão cabeçudo e terno escondido como Tu. Já agora sei que eras Professor-Doutor, mas sabes que entre a malta do xadrez, isso não conta muito: eras e serás sempre o Guichard, assim uma espécie de D'Artagnan do Tabuleiro.
memórias,Grupo, anos 90, Guichard a ver, com calma, partidas das excelentes e na altura carissimas coleções de partidas do Botvinik. Outra vez a adivinhar o primeiro lance de combinações que alguem tirava de um livro, adivinhou umas 20 seguidas. No café, com um cão enorme. Há um ano a aceitar presidir ao Conselho Jurisdicional, uma conversa, um tabuleiro de xadrez em madeira na sala da Presidência do Conselho Cientifico, ainda via xadrez, mas seguia de muito longe o xadrez actual, via coleções de partidas, disse-me. Terminamos com um café, apressado, que era hora de ir buscar a Beatriz. Como suspeitar sequer que não iriamos falar mais de xadrez nem chegaria nunca a reunir o Conselho Jurisdicional?
ResponderEliminarCapturas bem o Raul xadrezista no teu poema, o Vitorino também gostou e encomenda um para ele, quando a ocasião chegar :)
ResponderEliminarCaro Arlindo, a sensibilidade das suas palavras ecoou neste coração que sofre a partida do nosso amigo comum. O Raul contava-me, sempre com imenso carinho, as peripécias do grupo de Xadrez e as idiossincrasias de cada um. É bom verificar que a afeição era reciproca. Um abraço
ResponderEliminarOlá Arlindo, sabe dizer-me qual o endereço do blogue do Prof. Guichard? Cordiais saudações, Carlos
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