Uma fotografia de xadrez, uma simples foto de xadrez bastou para desencadear uma associação de ideias.
Uma foto de xadrez do passado pode dizer mais do que os próprios actores do passado. No visível de uma imagem intemporal, toda a temporalidade do tempo, todo o emergir imaginário no romanesco do que deveria ter sido não sendo e sendo se calhar não o foi, mesmo tendo sido.
Adoro fotografias e fotografias de xadrez! Elas no seu silêncio, no seu ruído silencioso, abrem-se ao diálogo de quem lê, de quem olhos perscrutadores sabem perceber mensagem sem verbo. Para começar: a foto que mais adoro de Mikhail TAL. Ele na sua juventude, ele “deus” apolíneo encarnado no génio de Campeão do Mundo. Belo, confiante, sorriso maroto, semi-esboçado, tímido, de quem sabe que o mundo do xadrez estava a seus pés, que qual cometa tinha cegado todos aqueles que ousaram penetrar nos segredos de Caissa, mas que ele próprio não se apercebia ou queria aperceber.
Depois de 1.e4 , parece esperar impaciente a resposta, e sua mão prepara-se para qualquer lance de abertura das negras...seu rosto enigmático, entre o sorriso e a confiança plena, parece dar a ideia de que sabe o que vem a seguir e que o resultado será uma mera questão burocrática : 1:0, vitória das brancas.
O Sorriso de Tal! Um dos sorrisos mais belos do mundo do xadrez! O sorriso que faz a Fischer em 59, é o protótipo do reconhecimento do génio, e que estaria selada uma amizade para sempre. Quase um “Tu sabes quem eu sou, da mesma forma que eu sei que tu sabes que eu sei quem tu és!”. Um pacto entre os dois que nunca foi desrespeitado. Dois dos maiores génios do tabuleiro, dois cristais tão lapidados que sabendo do seu brilho, nunca se quebraram, nem ofuscaram mutuamente.
Para um conhecedor de xadrez, bastava olhar para as peças dispostas no tabuleiro para imediatamente descobrir o local e evento (já agora, acrescentem ao meu rol de peças sonhadas na minha colecção…estas!) : LEPZIG -1960 - OLIMPÍADAS.
E… ( VEJAM O PRÓXIMO POST )…
Uma foto de xadrez do passado pode dizer mais do que os próprios actores do passado. No visível de uma imagem intemporal, toda a temporalidade do tempo, todo o emergir imaginário no romanesco do que deveria ter sido não sendo e sendo se calhar não o foi, mesmo tendo sido.
Adoro fotografias e fotografias de xadrez! Elas no seu silêncio, no seu ruído silencioso, abrem-se ao diálogo de quem lê, de quem olhos perscrutadores sabem perceber mensagem sem verbo. Para começar: a foto que mais adoro de Mikhail TAL. Ele na sua juventude, ele “deus” apolíneo encarnado no génio de Campeão do Mundo. Belo, confiante, sorriso maroto, semi-esboçado, tímido, de quem sabe que o mundo do xadrez estava a seus pés, que qual cometa tinha cegado todos aqueles que ousaram penetrar nos segredos de Caissa, mas que ele próprio não se apercebia ou queria aperceber.
Depois de 1.e4 , parece esperar impaciente a resposta, e sua mão prepara-se para qualquer lance de abertura das negras...seu rosto enigmático, entre o sorriso e a confiança plena, parece dar a ideia de que sabe o que vem a seguir e que o resultado será uma mera questão burocrática : 1:0, vitória das brancas.
O Sorriso de Tal! Um dos sorrisos mais belos do mundo do xadrez! O sorriso que faz a Fischer em 59, é o protótipo do reconhecimento do génio, e que estaria selada uma amizade para sempre. Quase um “Tu sabes quem eu sou, da mesma forma que eu sei que tu sabes que eu sei quem tu és!”. Um pacto entre os dois que nunca foi desrespeitado. Dois dos maiores génios do tabuleiro, dois cristais tão lapidados que sabendo do seu brilho, nunca se quebraram, nem ofuscaram mutuamente.
Para um conhecedor de xadrez, bastava olhar para as peças dispostas no tabuleiro para imediatamente descobrir o local e evento (já agora, acrescentem ao meu rol de peças sonhadas na minha colecção…estas!) : LEPZIG -1960 - OLIMPÍADAS.
E… ( VEJAM O PRÓXIMO POST )…
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