XADREZ MEMÓRIA

Xadrez de memórias, histórias e (es)tórias, de canteiro, de sussurro, de muito poucos...

08/10/10

PADEVSKY ....E eu!

Aí vai... Padevsky and me with clock!

Incrivelmente não marquei a data nem ano das simultâneas e precisava de ajuda do pessoal do Porto, para deslindar este imbróglio. Rui Mendes, Paulo Ferreira, Luís Cadillon, Carlos Prezado,Vitorino, por exemplo: HELP! Quando esteve Padevsky em Portugal?
Tenho a sensação que foi em 79, ou princípios dos anos 80. Preciso de confirmação.

Em ambas as partidas...desculpem a expressão, foi "como limpar o cú a bebés". Já tinha 1933 de Elo e não jogava o mínimo de xadrez! Na 2ª partida, pensar que sacrificado peões e abrindo coluna g , para atacar o Rei branco, nem ao diabo lembra e Padevsky, impávido e sereno, mas cordial, lá foi capturando o material que lhe oferecia. Resumindo, as partidas são um "não xadrez", ou a arte de ser "piço" no tabuleiro-eu, claro!

No fim,, embora imperturbável ( nunca vi um sorriso, ou expressão naquele rosto) assinou-me a partida (s) com gosto e curioso: pediu-me para copiar ( copy, copy, for me) a partida da India de Rei para guardar. Gostou do meu a5,( good move, interesting) dizia ele ...talvez a causa da minha desgraça!

Outra curiosidade: o Padevsky levava o xadrez muito a sério, mesmo uma simultânea. Nada parecido com mo Alexey Suetin, que um saco de plástico na mão ( comida), clamava na Faculdade de Economia do Porto, onde com ele empatei numa simultânea, ( e onde ia perdendo e empatando sem ficar nada chateado, nitidamente a despachar,)" Filma, Filma" referindo-se ao desejo de ir ao Sá da Bandeira ( calculo, e desculpem se estou enganado, estava em exibição "Garganta Funda"), porque alguém lhe tinha soprado a excelência da programação daquele teatro-cinema!








3 comentários:

  1. Uma excelente sequência de posts, Arlindo. Meus sinceros parabéns!

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  2. Obrigado Alexandre.
    Tu sabes o gosto impressionante que me dá escrever sobre estas coisas! Vasculhar nos baús, nos livros e por ai fora.
    Tem-me apetecido xadrez como "deus me livre"! Até na compra de alguns livros em alfarrabistas que ou estavam esquecidos, ou julgava que não os iria arranjar.
    Na Ebay, duas vitórias, duas pechinchas extraordinárias, que depois digo aqui.
    Depois, devido a um comentário no Chessvibes, a página sobre o Janis Klovans, principalmente a foto( pela primeira vez na Web) tem trazido gente ao Xadrez.
    Tu sabes tão bem como eu o que este feitiço!
    No futuro, a reposição melhorada sobre alguns dos meus artigos na Luso Xadrez. A ver vamos!
    Enorme abraço xadrezístico!

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  3. É bom reencontrar os teus artigos a um bom ritmo, Arlindo. Bem sei que não serão muito populares entre os xadrezistas nacionais, pouco dados a estas lides, mas deliciosos a quem, como eu, gosta desta forma de estar no Xadrez.

    Tenho guardados praticamente todos os posts da antiga Luso Xadrez, mas adorava ver os teus escritos republicados aqui, actualizados ou não.

    A Luso Xadrez foi um momento importante na História do Xadrez português, mas que naturalmente não sobreviveu à miséria do xadrezismo nacional.

    É assim a vida.

    Grande abraço

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