XADREZ MEMÓRIA

Xadrez de memórias, histórias e (es)tórias, de canteiro, de sussurro, de muito poucos...

29/10/10

TOPAS? ...LOVE!



Estou mesmo irritado...ou direi melhor, à maneira do Porto: Vão enganar a vossa tia! Estou farto de proxenetismo no tabuleiro top do xadrez mundial, bolas!

Topas? I love!
1500 de Elo, ou 2803? Ó Silvio, estou Danai...love! Um duplo!

Nanjing, uma VERGONHA para o xadrez mundial! Já não é só um gato escondido com rabo de fora...é um gatil!


E boa Noite, porque vou higienizar o meu cérebro com qualquer coisa como: KUPREICHIK-Gufeld URSS, 73

27/10/10

NANJING...CLÁSSICOS E AFINS 1

Estamos na 4ºsessão do Torneio citado. Do lado das Brancas o francês Etienne Bacrot e de Negras, o Campeão do Mundo, Anand. Uma diferença de 73 pontos de elo separa os dois jogadores, o que diga-se de passagem, a este nível é uma diferença bem acentuada:pelo menos pensamos nós, ou achamos, comuns mortais que somos.
Bacrot tem um Bispo por dois peões e acaba de jogar o seu 42ª lance. Anand depois de pensar reage avançando o peão g, para 3 jogadas depois abandonar. Afinal que se passou? Como Karsten Muller demonstra a partida está completamente empatada, devido a pormenores técnicos nem sequer muito complexos de descobrir para um jogador da craveira de um Campeão do Mundo.

42.Ae2

The wrong outside pawn. Normally an extra piece will win fairly easily in an endgame, but that may not be the case if the attacker has very few pawns. If one of them is, in addition, a "wrong colored outside pawn" then it can easily become impossible:

42...g5?



After this the path of the black king to the kingside is blocked and the extra pawn can repeatedly use the sharp endgame weapon of zugzwang to win the day. [42...e5+ on the other hand keeps all options open and draws: 43.Rd5 (43.Re3 g5 44.Aa6 (44.h3 e4 45.Rd4 g4 46.hxg4 fxg4 47.Axg4 Rg5 48.Ah3 Rf4= and the black counterplay is sufficient to draw.) 44...f4+ 45.Rf3 e4+ 46.Rxe4 h3 47.gxh3 Rg7=) 43...e4 (43...h3? would be premature: 44.g3 f4 45.g4 (45.Re4 Rg5 46.Af3+- wins prosaically) 45...Rg5 46.Rxe5 Rh4!? #Black sets a clever little stalemate trap, which can, however, be circumvented. 47.Af3 (47.Rxf4? g5+ 48.Rf5 patt) 47...g5 48.Ad1 f3 49.Re4 f2 (49...Rxg4 50.Axf3+ Rh4 51.Ae2 g4 52.Rf4 Rh5 53.Ab5+-) 50.Ae2 f1D 51.Axf1 Rxg4 52.Ab5 Rh5 53.Ae8+ Rh6 54.Rf5 #and in this constellation White can win in spite of the wrong colored bishop: 54...Rh7 55.Rf6 Rh8 56.Ag6 Rg8 57.Ad3 Rh8 58.Rf7 g4 59.Ae4 g3 60.hxg3+-) 44.Ad1 Rg5! #The king uses this route to either convert the white g-pawn into a wrong-colored h-pawn, or to eliminate it altogether: 45.Re5 f4 46.Rxe4 (Even after 46.h3 f3 47.gxf3 exf3 48.Axf3 Rh6 White cannot gain anything from his outside pawn, e.g. 49.Rf6 Rh7 50.Ad5 Rh8=) 46...h3 47.g3 (47.gxh3 Rh4 48.Ag4 f3 49.Rxf3 g5 50.Af5 Rh5=) 47...fxg3 48.hxg3 h2 49.Af3 h1D 50.Axh1 Rg4=]

43.Aa6! g4



[Now the white king can cut off Black's path after 43...e5+ 44.Rd5 e4 45.Af1 g4 rechtzeitig den Weg abschneiden: 46.Rd4 Rg5 47.Re3 h3 48.g3 f4+ 49.gxf4+ Rf5 50.Aa6 g3 51.Ac8+ Rf6 52.Axh3 gxh2 53.Ag2+-]

44.Ab7! e5+



[44...f4 45.Re4 f3 46.g3+-]

45.Rd5! f4

[45...e4 46.Rd4 h3 47.g3 f4 48.Rxe4+-]

46.Re4


and Anand resigned because in the end all of his pawns will fall, e.g.[46.Re4 h3 47.g3 fxg3 (47...f3 48.Ac8 f2 49.Aa6 Re6 50.Re3+-) 48.hxg3 h2 49.Re3+-] 1–0


( para a reprodução da partida em "flash" Vão ao site da Chessbase.


Aqui a minha completa e inaudita surpresa:

A- Como é isto possível num jogador de 2800 pontos de Elo e um Campeão do Mundo? Polémico ou não, aí vai: um Capablanca, um Lasker, Um Alekhine, um Rubistein, Botvinnik ou Fischer "and so on"...JAMAIS PERDERIAM ESTE FINAL! JAMAIS! E nem precisariam da experiência acumulada para com uma análise relativamente simples descobrir o lance salvador 42...e5!
Com tantos séculos de xadrez acumulados, com tanto xadrez de tabuleiro, como é possível a Anand não percepcionar este final como empatado e não avançar o Peão de e? Não entendo! Cansaço, dirão alguns, "distracção momentânea de tabuleiro, outros, todavia este erro incrível de Anand mereceria uma análise mais detalhada dos porquês de perder a mão a uma posição, que um jogador mesmo não do topo, conseguiria segurar.


Lá está: Se isto fosse jogado nos anos 10, 20, ou 30, por um Amos Burn, por um Speelman, ou Marshall, ou Teichman, ou Duras, dir-se-ia com toda a prosódia costumeira: "aí está um dos males dos clássicos e das partidas de jogadores do passado: uma fraca e incipiente compreensão dos segredos do jogo, nomeadamente da arte dos finais. Impossível um jogador hoje do topo cometer um erro tão básico na condução deste final".

Claro que se fosse um jogador MI ou GM na casa dos 2500, a realizar o lance, dir-se-ia o evidente: "fraco jogador, aqui se nota a diferença entre um jogador do topo mundial e um GM dos comuns!"
Pois é...mas como foi Anand, nota-se um silêncio comprometido aliado a uma reverência compreensiva que me incomoda. Duvidam? Ora expliquem-me lá isto, até porque eu sou muito burro:

B- Então Anand faz um lance horrível que perde de imediato três lances depois e o "bom" do Karsten Muller dá a 42...g5 só um ponto de interrogação? Brinca-se em serviço? o lance 42...g5 é ?? o resto é conversa, ou cabeça demasiado inclinada de quem quer manutenção com "deus e o diabo"!

Pronto, lá virá o costumeiro: as exigências físicas e psicologicas durissimas de um moderno torneio de xadrez do topo, a inexistência hoje de adiamentos, o cansaço de longa luta ( pois, a este nível até aos vinte lances ou mais é teoria e se calhar depois ("Rybka work"), uma "cegueira" momentânea, a complexidade e aproximação de força de jogadores...tudo, talvez exceptuando : Anand não sabia empatar este final, pura e simplesmente, não conseguiu vislumbrar nas tais centenas e centenas de posições que parecem guardar no cérebro os GM de topo (diz-se), esta!

Aliás caros e parcos leitores deste blogue, querem mais exemplos de torneios relativamente recentes onde jogadores de topo cometem erros inacreditáveis, ou mostram uma carência confrangedora de técnica de finais? Ia pesar no blogue acreditem!

Porque razão estes erros eram tão raros num Capablanca, num Alekhine, Lasker, num Botvinnik, Petrosian, Fischer ou Kasparov, e agora se estão a tornar comuns e mais grave, os decisórios de partidas, porque os empates vão abundando nestes torneios (pronto, eu sei, já conheço o que alguns estão a pensar-a enorme evolução do nosso jogo! Pois, mas um Fischer, Karpov, Kasparov, lá iam quebrando o mito, não é? Ou... estou a falar de jogadores, os que citei, de outra galáxia xadrezistica?).


Vamos continuar?

Estamos na 5ª sessão e de brancas está o jogador chinês com um Elo incrível de 2732, e de negras, novamente Etienne Bacrot. O jogador francês, acaba de jogar ao 29ºlance f6 com a ideia clara de ganhar uma peça. Que joga o GM chinês? Um lance inacreditável que pura e simplesmente dá uma peça "de borla"! Depois, em vez de manter a calma e por problemas técnicos e resistir ao seu adversários com a retirada do seu Bispo a e3, joga um 31.Ce5, para abandonar poucos lances depois.


28...Td7 29.Af4 f6 # 30.Rh2??


A terrible mistake! White loses a piece! [30.Axd6 Tad8 31.Af4 Txd2 32.Txd2 Txd2 33.Axd2 Ad3 34.a3 Axc4 35.Rh2 e5 36.Rh3 Ae6 37.Rh4 In spite of practical difficulties the position is about even.]

30...e5 31.Cxe5



A disastrous try. White is hopeless and Bacrot has not difficulty converting his advantage.

(31.Ae3 Tg7 32.Txd6 Txg4 33.Txb6 Txa2 34.Td7+ Tg7 A.V )

Af4 Cxc4 38.g4 Axg4 39.h6 Ae6 40.Rg3 Ad5 41.Rg4 Cb2 42.a3 Cd1 43.c4 Cxf2+

A fine victory for the French warrior and a very bad day for the Chinese GM. 0–1


Uma curiosidade malandra da minha parte: o comentador da partida da ChessBasse é o GM Elshan Moradiabadi e não tem problemas em colocar no lance de Yue 30.Rh2 dois pontos de interrogação (??). É engraçado comparar com o exemplo anterior do Karten Muller: Dois pesos e duas medidas, conforme um péssimo lance do Anand ou de um Yue! Se fosse o Yue a jogar o g5 do Anand, se calhar o Muller até lhe dava três pontos de interrogação! (talvez por aqui percebam porque deixei de assinar algumas revistas de xadrez consagradas-isso mesmo, demasiado consagradas e subjugadas a interesses e mestrias!)

Então explicação para o que viram? Não, não era o Arlindo Vieira, nem o Sirgado,nem o Castanheira , foi um GM com qualquer coisa de assustadores 2732 de Elo. Então, onde a máquina poderosa de cálculo destes tais GM de 2700 para cima?

Rio-me a pensar se esta partida fosse jogada de Brancas por um Zukertort, por um Maroczy, por um Mieses, um Blackburne -a festa que seria para os tais bimbos que querem fazer bombos dos clássicos! Repito as vezes que quiserem: estes erros incríveis estão a acontecer em Torneios de alto nível com jogadores de alto nível, certamente como aconteciam com jogadores fortes do passado ( raramente com os Grandes, é certo), por isso é tão engraçada a parábola biblíca do argueiro na vista do outro...
Que quero demonstrar com isto? Nada! Pura e simplesmente nada! Apenas não posso com uns idiotas que a reboque da modernidade e sobretudo de uma ignorância exacerbada da História do Xadrez, querem apoucar a herança do passado, e rebaixar as jóias que grandes jogadores do passado nos deixaram!

Bem podem lutar Edward Winter, Richard Forster, Sosonko, Dvoretsky, entre outros contra estes ignorantes, porque eles vão-se desenvolvendo como cogumelos nos meios mediáticos do Xadrez , seja nas entrevistazinhas indigentes de fim-de-capa da New-In-Chess ( talvez perceba porque "despediram" vai para anos o Winter!) a alguns GM , seja em livros com laudatórias cruzadas-"ora agora digo-bem-eu de ti, ora agora dizes tu bem de mim" em revistas de especialidade ou críticas ( isso existe em relação à literatura xadrezista?) mais ou menos de livro entregue de graça (como eu gostava de os ter à borla já que vou alimentando um certo sector que infelizmente crítico-hoje menos, confesso)) e por isso sempre com quatro ou cinco "trelinhas" !

Assim, nestes postes, "chinesices" da minha parte, ou se quiserem para ser mais fino, idiossincrasias de um piço do xadrez, Eu, Je, I, Arlindo Vieira, Português e Tudo!

Ah! Quentinho: Carlsen, com a partida ganha por todos os lados, deixou escapar Anand com um empate depois de um lance muito mau! Comentários sibilinos e a merecer estudo psicanalítico na ChesBase, e para bom-entendedor meia-palavra-basta: que os "amadores-observadores do PlayChess" descobriram com as suas potentes máquinas informáticas o lance Tf6 que ganhava com facilidade!! Repararam bem: Os piços que não vêm um "boi" de xadrez, só chegam a Tf6 com potentes máquinas, por isso Carlsen estás desculpado!
Ai, ai, o que me apetecia dizer da ChessBase...mas não posso, porque a dita cuja dá de comer a tanta gente! Uma Misericórdia do Xadrez aquela empresa!

Qurem mais provocação? Porque perdeu Carlsen três partidas de forma estrondosa nas Olímpiadas? As "gajas" ? A moda, as sessões fotográficas, ou...que chatice jogar "torneios assim", com artistas que não pertencem ao círculo restrito de uma élite que se teme e reverencia, e ainda por cima sabem jogar xadrez e bem!
Ui...que isto dava uma tese!

NANJING...CLÁSSICOS E AFINS

Vá lá, um bocadinho mas mesmo “inho” de modernidade, de aqui e agora no Xadrez Memória, que gosta mais de se espraiar no passado, no pouco conhecido, ou se quiserem, no esquecido.


Assim, para minha própria surpresa, este vosso humilde servo a acompanhar o tal Torneio extraordinário, sensacional, o maior, acrescido de todos os epítetos que lhe queiram atribuir, seja por necessidades mediáticas, promo-comerciais, ou outras, o tal Pearl Spring em Nanjing 2010, que se disputa na longíqua China.


Um interregno nesta modernidade, para outra modernidade, esta mais grave porque me faz subir a tensão arterial, ou seja, a desfaçatez, a petulância com que alguns “bicharocos” que andam no xadrez, mesmo com o título de GM, criticam os chamados clássicos, a herança do passado, os comentários, livros ou partidas de Grandes jogadores que marcaram o xadrez, principalmente no século XX e cuja obra escrita ou de tabuleiro, faz parte da herança cultural e xadrezista do nosso jogo.


Porque o fazem? Isso dava “pano para mangas” e um outro longo artigo, mas sobretudo, fazem-no por duas razões fundamentais :“burrice” cultural-xadrezista, uns, desonestidade intelectual associada à necessidade de ganhar uns cobres, numa modalidade em que estes só estão disponíveis para alguns, outros. Por vezes a associação destes dois factores, transforma os escritos contra os clássicos do xadrez em autênticas corridas de obstáculos, em que a determinada altura temos dúvidas sobre quem corre, se a “cavalgadura” ou o condutor que a conduz.



Um amigo meu falecido, confidenciava-me vai para uns anos, acerca de alguns alunos do 1º ano de Economia, que o que o irritava não era a ignorância de alguns, porque essa curava-se, agora o que o deixava “doente”, era quando essa ignorância era alicerçada na arrogância, ou seja a “arrogância da ignorância”: era-se burro, gostava-se de ser burro, achava-se normal sê-lo, e tinha-se raiva de quem não o queria ser, ou não compreendia a burrice brilhantemente ensimesmada.



Pois é, no Xadrez, e particularmente há duas décadas para cá, tem surgido umas luminárias, umas mais conhecidas do que outras, que resolvem em artigos ou livros escoicear dos clássicos, de jóias de partidas do passado, simplesmente olhando com olhos do presente, ou se quiserem, com toda a parafernália tecnológica da ChessBase-Fritz-Afins, ou agora do Rybka, para mostrar as debilidades do jogo de Capablanca, ou as análises falhadas de Alekhine numa ou outra partida, ou o fraco sentido de defesa de um Schlechter, ou a pobreza confrangedora da compreensão dos finais de vários jogadores do passado. Tudo, mas tudo, por esse valor supremo, por essa deusa: a verdade, a verdade do xadrez! Essa verdade tão heroicamente conseguida com os monstros cibernéticos.



E editam-se livros de xadrez, e alguns gozam de fama, e alguns miúdos aderem a esta moda: estudar Capablanca para quê, se não vou jogar com ele!? E até se diz sorrindo de amarelos dentes: “O Alekhine, o Capablanca, o Lasker , se jogassem hoje era trucidados” – claro sem conhecerem nem um décimo do que estes génios jogaram ou pensaram xadrez.



Enfim, sinais dos tempos de indigência intelectual, de promoção da ignorância a valor supremo de “status”, da bestialidade como triunfadora sobre o trabalho, o conhecimento, da futilidade rainha soberana sobre o pensamento e a cultura.



Querem exemplos contrários: Façam o favor a vocês próprios: Vão a ChessCafe e imprimam os artigos que Dvorestsky escreveu sobre Lilienthal! Aquilo é respeitar os clássicos, é perceber a essência deste extraordinário jogador, é trazer uma compreensão e herança de um certo xadrez ao público comum. Podem também imprimir o seu artigo sobre Simagin, ou sobre uma das partidas “Lasker-Schlechter”! Mas Dvoretsky é um grande autor de xadrez, daqueles que escreve os tais 5% dos livros diferentes dos outros 90% que nunca deveriam ter sido escritos, como afirmou certa vez Polugaievsky.


Façam outro presente à vossa inteligência xadrezista: vão ao “Spraggett On chess” e procurem a maravilha dos artigos que o Kevin Spraggett escreveu sobre Efim Geller. Imprimam-nos e repassem-nos muitas vezes no tabuleiro. Vão entender muito melhor o jogo deste lutador do tabuleiro, mesmo que não tenham estudado “ Application of Chess Theory”. Mas Spraggett, sabe o que são os clássicos e sobretudo sabe o que o estudo aturado de Akiba Rubinstein trouxe à evolução do seu xadrez.



Peguem num dos melhores livros de xadrez de todos os tempos “Learn from the Legends”, do Mihail Marin e guardem para todo o sempre o que este autor escreveu sobre Rubinstein e os seus finais de Torre: assombroso! Isto é respeitar os clássicos!


Ou peguem no Lasker do Crouch, ou no Fischer do Agur, ou mesmo nos “Grandes Predecessores” do Kasparov, e vejam onde há reverência, respeito pelos clássicos, apesar da modernidade de vistas, ou crítica quando necessária.



No entanto... peguem nesse livro que tanto vendeu, nesse livro que fruto das laudas de Watson, que por sua vez tinha recebido as mesmas do autor que vou referir, tanta projecção nos xadrezistas: “The Road To Chess Improvement” de Yermolinsky. Um bom livro, um muito bom livro, diga-se de passagem, no entanto no capítulo sobre os clássicos, quando se propõe analisar a extraordinária partida Janowsky-Capablanca Nova Iorque, 1916, a célebre da retirado do Bispo negro a d7, Yermolinsky, mostra uma mistura do que acima afirmei, a ignorância mais larvar, misturada com a mentira mais mesquinha, para passar ao insulto à inteligência do leitor.

Aquele capítulo é uma vergonha, um autêntico tratado de como se escrevem asneiras a rodos por centímetro de papel, e sobretudo, como se enganam leitores pouco preparados que ficam encantados com a prosápia a pseudo perspicácia e sabedoria de Alex Yermolinsky, que de “cu sentado” no Mechanics Institute, resolveu escrever sobre um assunto que não dominava só para mostrar que sim, porque em determinada altura era giro, modernaço, atacar os clássicos e sobretudo mostrar a sapiência de GM actual. Pobreza de espírito, isso sim! Um GM que nem uma Enciclopédia de Xadrez sabe consultar, para não dizer a enormidade que Janowsky e Lasker jogaram dois matches para o Campeonato Mundial, para não afirmar que Capablanca não jogou mais Bf5 ( bastava ir a uma base de dados) e sobretudo escrever que ninguém tinha comentado esta partida com os lances que ele propunha, quando o “aldubras” sabia que Panov, no seu “Capablanca”, e mesmo Chernev e Reinfeld nos seus livros, aos anos que tinham escrito e sugerido os lances que dariam melhor defesa a Janowsky, mostra o quê? Querem que eu acredite no Homem? Duas Hipóteses: ou ignorante, ou intelectualmente desonesto, o que num GM de nome reconhecido e autor de livros, nem sequer é grave, é patético. ( hei-de colocar neste blogue o que mandei por mail para o Mechanic’s Institute, dirigido ao “Yermo-Termo”, que não me respondeu como é obvio!).


Porque razão, ninguém, mas mesmo ninguém dos críticos de livros de xadrez, Watson, Silman, Seegard, etc, etc, teve a coragem de dizer a verdade da vergonha do capítulo do livro de Yermolinsky? Existem interesses corporativos entre GM de xadrez, interesses editoriais, no que respeita à literatura xadrezista? Malhas que o Império tece!


Mas também poderíamos chamar à liça e desmontar aqui e ali o “Mentiras Arrisgadas en Ajedrez de Lluís Comas Fabregó, onde a par com algumas verdades , não sabemos se GM espanhol se refere a algumas mentiras dos clássicos ou algumas das suas sobre os clássicos , mas nem sei quem é o GM Fabregó, nem me interessa muito esse trabalho agora!




Enfim…mas onde ia eu? Ah! Em Nanjing.. Fica para um Próximo artigo




25/10/10

DURÃO... O MESTRE, 80 Anos




80 anos faz o Mestre Joaquim Durão. O Kevin ( quem haveria de ser?) já lhe prestou uma belíssima homenagem no seu Spraggett on Chess. Pouco mais terei a dizer.Para mim será sempre o "MESTRE" Joaquim Durão, um dos jogadores mais brilhantes que o Xadrez português conheceu, e aquele cujo nome que ainda consegue ser reconhecido internacionalmente como referência ao xadrez nacional. Aqui os meus simples e singelos parabéns com "prendas" e tudo, que se para ele não forem, por as já conhecer (fotos até agora inéditas na Net), pelo menos são mais uma achega ao espólio fotográfico que o Spraggett vai publicando do nosso venerando Mestre. Não digo locais das fotos, para obrigar Mestre Durão a puxar pela memória e dar um pouco de suspense ao post. Certamente conhecerá as personagens das fotografias, particularmente uma ( para além do visado, obviamente) que me me é particularmente grata e a quem muito devo no xadrez, que me facultou as fotos.


Até ao seu e por mim desejado centenário MESTRE Joaquim Durão.


Perdoe este meu simples poema a si dedicado.



" 8x8"
( ao Mestre Joaquim Durão)

Mosaico geométrico,

Nítida complexidade de labirinto
Onde concisa inutilidade de movimento
A lado nenhum leva,
No que verdadeiramente nos habita.


Contudo,

na ordem-caos tabuleiro
o tempo suspenso
onde criativa
passeia a respiração do pensamento
Livres Peões somos...


"En passant" ,

Cedo ainda para a promoção.


(Arlindo Vieira)





19/10/10

XADREZ...FMI...ROGOFF

Conheci-o logo. O nome era-me familiar de fotos e revistas.

Ele andou por aqui e esteve no Parlamento e foi notícia de TV. Ex-economista chefe do FMI e professor da Universidade de Harvard. Até aqui nada de novo, mas o que poucos sabem é que foi um fortíssimo GM Americano dos anos 70 e que abandonou o xadrez para se dedicar à Economia (deve-se escrever com letra minúscula) e Finanças. Nada de novo, se pensarmos em Kolisch, em Jeroen Piket, ou noutro campo no nosso Antunes. Muito talhado para estas andanças certo pessoal do xadrez.
KENNETH ROGOFF.

Na Net, não faltam partidas suas no Chess Games, nomeadamente os seus empates com Tal, Petrosian, ou a suas vitórias sobre Reshevsky ou Smejkal, e até uma sua biografia pessoal dedicada ao xadrez. Uma curiosidade, são os excelentes comentários elogiosos de Bobby Fischer a uma sua Partida do Nacional de Juniores dos EUA de 1969, publicados na revista Checkmate.

Aqui imagens do homem de agora e do antes: de Hippie man a Yup man, não será tão longa a distância. Opções respeitáveis, pois claro.




Karpov-Rogoff


Clique para ampliar o texto

18/10/10

Ah! Ah! SURPRESA...Plácido passa o Tempo

Do que eu me lembro!!?

E com enorme ternura. Já tinha vai para anos colocado na Luso Xadrez. Agora com mais um ou outro personagem "novinho" do Xadrez Português. Algumas fotos são raras, e se calhar nem os próprios as possuem, vejam lá! Assim "aprovetem" este momento histórico. Lá está: pelas peças em alguns tabuleiros era capaz de adivinhar o local...mas não digo!


Claro que não ofereço livro de xadrez, porque alguns Luso-xadrezistas conhecem a maioria das fotos e, como já várias vezes afirmei, nunca se sabe se para além de variantes conseguem puxar pela memória visual e temporal-afectiva ( que na malta do xadrez e em relação ao xadrez, não é famosa, deixem que vos diga!).
Assim, "amandem-se" para a identificação! Desta vez "Dicas" só no Lidl, passe a publicidade! Ah! Tudo baralhadinho nas épocas, para vos tornar mais fácil o trabalho! Quem é amigo, quem é?!


Acreditem, alguns são um "berbigacho" para descobrir o quem é quem!
(o número está na foto-se quiserem cliquem na foto para aumentar)

Divirtam-se e um abraço especial para Todos que aqui vêm beber um pouco a alma nostálgica do xadrez, que também assim se faz e ganha sentido.
















10/10/10

CONCURSO...Miúd.. (ezas)

O TEMPO, ESSE GRANDE ESCULTOR ( Duras)

É assim...este blogue não é só "velharias", antiguidades mesmo que preciosas. De vez em quando dá-me, e resolvo ir ao arquivo das menos velharias, ou se quiseres ao baú não dos horrores, mas das brincadeiras interessantes.

Aí vai então concurso sobre memória visual, sobre atenção cultural xadrezística, sobre conhecimento de GM, enquanto crianças ou adolescentes. Graças a deus estão todos vivos, excepto um ( o mais antigo desta galeria). Não estão por ordem cronológica de idade, mas sim "ao calhas", para vos tornar mais difícil a vida!

Quem acertar em todos, (Nacional) quase que me apetecia dar-lhe um livro de xadrez
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Vá lá, uns são de caras, outros...arrepelem os cabelos naquele estilo "eu sei quem é mas não me lembro o nome" !! (se quiserem cliquem na foto para ampliar). Ah! Não se desculpem com a qualidade da foto! As peças de xadrez, aqui e ali8, podem ajudar-nacionalidade!
nºímpares jogadores da esquerda, nº pares jogadores da direita. DIVIRTAM-SE!


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