XADREZ MEMÓRIA

Xadrez de memórias, histórias e (es)tórias, de canteiro, de sussurro, de muito poucos...

03/01/11

“Oculus animi índex”...às vezes

Xadrez, beleza, belezas , esculturas ironias e chamamentos

“A ironia

A ironia, esta graciosa coisa que nos faz rir do

que dá vontade de chorar...

Este cãozinho que salta preso à trela, atrevido e

reprimido...

A ironia, a minha ironia queria-a eu tão medida

e inteligente, tão rebuçada, tão independente e

tão seca, mesmo, que mal fosse percebida.

Que no ligeiro riso se visse aquiescência, na re-

serva simples dúvida, na cortesia aceitação.

Que a minha ironia calada e quase séria fosse o

meu baluarte.

Adormeceu, diriam os sitiantes.

(Sitiantes, rica palavra!)

Os que estão de fora e comentam intenções, inti-

midades.

Ó minha ironia, meu cãozinho, a tua voz é um

latido muito pouco musical e breve, quase ríspido,

de puro desenfado.

Ou se o não é, por imperfeitamente educada,

queria eu que fosse!”

Irene Lisboa


Apeteceu-me, um pouco à margem deste blogue. Umas fotos que fui revendo na Net.


Da beleza, da perda dela, da continuação da mesma no início do plano inclinado. Da que é, da que foi, e da que teimosamente se quer manter nos primeiros sulcos lavrados no rosto.

Não vou perder muito tempo com talvez o rosto mais belo que apareceu fugidiamente no mundo do xadrez. Não quis promoção a Rainha e desapareceu no anonimato.


Não vou referir um dos rostos mais bonitos que actualmente irradia no mundo das 64 casas.


Não me interessam nada, mas mesmo nada, as Caoli, as Kass, e afins, porque não estou em idade de bonecas e tenho pouco tempo para mediáticas vitrinas “expositórias”.

Mas...

"Vai fugindo, vai morrendo aquela impressão…

Aquela impressão que um nada, uma furtiva

Memória reanimou.

Tempo, tempo!

Rebates, inúteis rebates. (…)” Irene Lisboa


Sabendo o tempo escultor magnífico, interrogo-me porque vai talhando tempo mármore de fino recorte em alguns, enquanto noutros , penoso esboroado – escalavrado cinzel e maço. Será do mármore?








Todavia…é possível que na beleza de algumas mulheres entre os trinta e quarenta (e porque não cinquenta) esteja uma convicção que entusiasma. A elas, certamente, e a mim, que não me canso de olhar seus belíssimos rostos. Lindas em cada coluna, linha ou diagonal do tabuleiro.

Mármore…ou aliança com o escultor?Não sei! Para mim, as mais bonitas do mundo do tabuleiro, e numa delas, penso que o Grischuk não vai ficar zangado.





Não digo os nomes. Adivinhem.
Kosteniuk? Não sou fã, paciência! Que me desculpe o Mestre Machado do meu GXP!