10/11/09

LASKER...Um bocadinho da minha paixão

O que tenho de Lasker?

Bem...pouco e, tirando um caso ou outro, de qualidade sofrível.

Assim comecemos pelas BIOGRAFIAS:

Esta biografia de Hannak continua como das raras de Emanuel Lasker. Diga-se desde já, fraquinha e com alguns erros de monta sobre este genial jogador. Ficou célebre o prefácio de Einstein. Tabelas de alguns torneios e 100 partidas comentadas levemente segundo os livros de torneios ou jogadores da época, completam este livro. Dá para ter uma ideia do percurso xadrezistico de Lasker, nada mais. Sobre a personalidade, o estilo de jogo, o homem por detrás do génio de xadrez, podem esquecer.


Esta biografia de Lasker feita por Nepomuceno é simplesmente um "pastiche" monumental do livro de Hannak! Só isso. Que que desculpem os meus leitores de língua hispânica. Em certas passagens é mesmo tradução literal. Aliás, o autor acaba por confessar a sua quase "oração" ao livro do alemão. Não há absolutamente nada de novo em Nepomuceno. A mesma cópia de lugares comuns, de estereótipos, de um passar de torneio para torneio, que até cansa o leitor. Como tal, só para quem for preguiçoso da tradução inglesa , ou alemão original de Hannak.


COLECÇÕES DE PARTIDAS


A primeira colecção de partidas de Lasker que adquiri vai para umas boas dezenas de anos. 75 partidas, sendo a última Lasker-Marshall do torneio de S. Petesburgo 1914. Este projecto que primitivamente se chamava " Dr. Lasker Chess Career", seria a de dois volumes, mas por razões desconhecidas ( talvez a ascensão de Reuben Fine ao estrelato do Xadrez Mundial-Candidato, e o trabalho intenso e imenso na realização de outros livros por parte de Fred Reinfeld) ficou-se só pelo primeiro volume ( 1889-1914)
Os comentários dos anos 30, podem-se considerar excelentes para a época, misturando sabiamente o texto explicativo com variantes, nunca demasiado extensas, pesadas. Não se sabe, quem contribuiu com o quê, para este livro, ou seja, se ele é mais Fine, ou mais Reinfeld, contudo, tendo na minha biblioteca vários livros de Reinfeld, o estilo de comentários e a forma de escrita, levam-me a desconfiar que a contribuição de Reuben Fine para o livro teria sido bem menor, trazendo o seu nome ,já célebre, um certo prestígio ao livro.
Um bom livro, mas hoje claramente datado, quer no estilo, quer nas variantes apresentadas. Um bom guia para dar a conhecer algumas "gemas" da arte laskeriana, o que já não foi mau. Foi um livro com enorme sucesso de vendas nos EUA e um best- seller da Dover Publications.
Um pormenor engraçadissimo na capa que pouca gente descobriu, e que é uma monumental "gaffe" da prestigiada casa editora: olhem para a capa (cliquem), vê-se Lasker, vê-se o seu rival Capablanca e depois no lado esquerdo entre Capablanca, a violeta, Lasker sim senhor , mas não o Emanuel, mas sim o americano Edward Lasker o renomado autor de livros de xadrez e forte jogador.



Já me referi a esta colecção da Chess Stars. Dois volumes, quase todas as partidas Lasker comentadas estilo informator, com a ajuda de computadores dos anos 90 . Dirigida por Khalifman, o trabalho árduo foi realizado por jogadores MI ou MF, alguns hoje GM. As análises são boas e profundas e não será por acaso que Kasparov, ou Dmitry Plisetsky, no terceiro volume dos "Meus Grandes Predecessores" ( só aí, e depois de muitas críticas!!) citam estes dois volumes na bibliografia. Existem análises de partidas de Lasker no volume 2, do livro de Kasparov que indubitavelmente foram tiradas destes volumes.
Bons livros, mas do estilo árido, seco, informatizado, que sinceramente não aprecio. Úteis para comentar um partida, para buscar variantes numa posição mais complexa, mas que não acrescentam nada à beleza e complexidade do xadrez de Lasker.
De qualquer forma, livros a valer a pena adquirir.


De um grande apaixonado do Xadrez, de um grande Laskeriano, Ken Whyld. As partidas não são comentadas, mas é o mais completo repositório das partidas de Lasker. Limito-me a copiar o excelente texto do Lanier ( ele não leva a mal) no seu Al-Shatrandj "...contém 1390 !! partidas, muitissimas delas de simultaneas. Whyld passou anos a pesquisar em hemerotecas e collecionar partidas de Lasker - outros recolhidos só mostram as partidas do mestre em Torneio, o que são poucos. Lasker não tinha essa frenética actividade competitiva como por exemplo Alekhine, só jogou num punhado de torneios durante a sua vida. Cada partida vem com informações donde provêem, data, local, designaçâo conforme ECO. Há muitas ilustraçôes preto e branco, e além disso diagramas de partidas, tabelas de torneios - e todos problemas e estudos compostos pelo Lasker. Espantoso - a pobre encadernação e impressâo - feito na Chequia! - esconde um tesouro immensuravel!"




Um bom livro da editorial Sopena , bastante antigo, mas com comentários a preceito embora leves. Claramente um livro de divulgação aos xadrezistas sul-americanos das partidas de Lasker, mais precisamente 84, cobrindo os anos de 1894 a 1921. Lê-se com agrado, mas nada mais.


DIGITAL



Com o selo de qualidade da Chessbase, da série Monografias. Bom CD, com uma curta mas razoável biografia, algumas partidas excelentemente comentadas, algumas fotos (embora nenhuma novidade), informações de torneios e matchs do grande campeão, um ou outro vídeo com testemunhos de Hubner, Unzicker, Lilienthal, algumas tentativas tímidas de explicar auperioridade de Lasker sobre os seus adversários.
Um CD que todo o apaixonado de Lasker deve possuir, que não deslustra , mas também não deslumbra. FIca-se com a sensação que a ChessBase poderia ter feito muito mais, e que foi um trabalho realizado à pressa, lamento dizê-lo!
A ChessBase teria muito a aprender com essa obra prima extraodinária em forma digital de Sid Pickard "The Collected Works of William Steinitz", esse sim o melhor CD ROM que algum dia se realizou sobre um jogador de xadrez e Campeão do Mundo. Foi uma das homenagens mais belas que digitalmente uma editora prestou a um génio de Xadrez, neste caso Steinitz. O Lasker da ChessBase fica aquém e muito.



Da antiga Convekta estilo Chess Stars, mas sobre forma digital. Bio, e partidas comentadas tipo Informador. Interessante nada mais.


MISCELÂNEA



Claro. Kasparov sobre Lasker. E aqui a decepção. Excelentes e novos comentários com a ajuda do Friz a algumas partidas de Lasker, um ou outro lugar comum, aqui e ali "Chess Stars", correcções a um livro que irei citar mais à frente e se estavam à espera que Kasparov, explicasse ou penetrasse na essência do Jogo de Lasker, desencantem-se porque simplesmente não o faz. Apenas e só um punhado de partidas de Lasker (quase todas conhecidas) belissimamente comentadas e chega. Poucas páginas sobre Emnanuel e gostava de saber porquê! Fortes suspeitas que neste volume 1 (considerado o mais fraco da colecção) tirando as partidas, foi Dmitry Plisetsky, o autor de muito texto e infelizmente de alguns erros históricos incríveis denunciados por Winter ou Forster entre outros, para não falar das correcções "computadorizadas" feitas às análises de Kasparov pelo amador (?) Sorokin.
Portanto caros leitores, nada deslumbrado com o pouco Lasker de Kasparov, dos Meus Grandes Predecessores. Não foi uma desilusão, mas simplesmente o desânimo de continuar a ver o "meu" Lasker por explicar, ainda por cima, da parte de quem teria a obrigação de o fazer-Kasparov.



Uma Enciclopédia? Sim uma Enciclopédia! Para que todo o "xico-esperto" que escreve na Net sobre Xadrez não diga disparates, parvoíces e que mostre a sua ignorância mais alarve sobre a História do Xadrez! Para que um GM como Yermolinsky, levante o rabiosque e a consulte para não escrever no seu "The Road to Chess Improvement" a bestialidade de que Janowsky jogou dois matches com Lasker para o Campeonato do Mundo! É que o parolo acredita, quem sabe um bocadinho de xadrez, sabe que um GM apesar de o ser pode ser ignorante.
Depois, a Oxford é a melhor Enciclopédia de Xadrez do Mundo e tem sobre Lasker um belo resumo , curto mas sem asneiras! Esgotadíssimo este livro e quem ama o xadrez sabe porquê!


"GEMAS"



LASKER , O PENSADOR , de Boris Samoilovich VAINSHTEIN.

Um livro sensacional da célebre e excelente russa "Black Series". Kasparov, corrige aqui e ali akguns comentários ( variantes), mas Vainshtein tenta como ninguém até aí penetrar nos segredos do jogo de Lasker, fugindo das ideias feitas, dos lugares comuns, muitas vezes com uma argúcia e uma competência de análise formidável.
Admiram-se?
Vainshtein é o autor de um dos livros mais fascinantes e profundos do Século XX , uma autêntica preciosidade que passou despercebida: "DAVID BRONSTEIN : CHESS IMPROVISER". Que livro extraordinário ( a ele heio-de voltar noutro artigo) e que qualidade de escrita! Ao lê-lo percebi porque razão Bronstein, nunca tenha negado, chegando mesmo a assumir no fim da vida, que os comentários , os célebres comentários do "Zurich International Tournament 1953" eram de Vainshtein, sendo as analises da sua autoria! Aliás basta comparar a escrita dos dois livros para se perder muitas dúvidas!
Portanto, o Lasker do Vainshtein, o primeiro livro que me abriu as portas de um Lasker, até aí desconhecido. Porque razão este livro nunca teve uma tradução em Inglês, alemão ou espanhol? Mistérios insondáveis da edição xadrezistica! O lixo escaquístico vende mais! Existe sim uma versão em italiano da Prisma Editora " Lasker -Filosofia della Lotta", mas completamente esgotada.





Um Livro sobre a arte da defesa até hoje sem rival. Para já o autor Colin Crouch sem ser GM é um dos melhores autores de xadrez de há muitos anos para cá. O Seu "Hastings 1895-The Centenary Book" é um portento da recuperação de um dos maiores Torneios da História do Xadrez, o seu recente "The Great Attackers", que escreveu quase cego, é uma maravilha de livro com abordagens inovadoras e uma capacidade comunicar o motivo do livro como poucos. Este homem escreve sobre xadrez como raramente outros o fazem. Não é só a questão didáctica, é a cultura e profunda que Crouch tem do xadrez, o empenho o trabalho intenso, aliado à paixão que coloca no que escreve.
A Arte da Defesa é mais do que tudo uma análise de uma profundidade, de uma subtileza, de uma compreensão sobre Petrosian e Lasker, como raramente vi. As partidas que analisa e comenta de Lasker, a forma como tenta desvendar o pensamento defensivo do grande Emanuel, tornam este livro uma jóia.
Quando se acaba de ler e analisar o Lasker de Colin Crouch, nunca mais vemos Lasker da mesma forma, nunca mais Lasker se torma estranho. Tomamos quase uma familiaridade com o seu jogo. Um livro que para mim foi uma espécie de caixa de pandora sobre o jogo de Lasker. Na minha modesta opinião, "Obra-Prima" com certeza.




Soltis não sabe escrever maus livros de xadrez.Pelo contrário, muitas vezes o que escreve é tão brilhante que se torna intemporal e verdadeiras obras-primas da literatura xadrezistica. Basta dizer que o "Soviet Chess-1917-1991" da McFarland é um dos livros de xadrez do século XX!
O Lasker de Soltis é uma maravilha! Partidas pouco conhecidas, análise das partidas sobre efectivamente o que aconteceu no tabuleiro e não sobre "o que poderia ter acontecido se...", com análises onde são precisas e a preceito, mas sobretudo a explicação da força prática de Lasker, no seu jeito peculiar em situações difíceis em jogar para a "armadilha", o jogo deliberadamente confuso, em que a sua capacidade fenomenal de análise, de visão do tabuleiro lhe permitia o passe mágico de inverter a situação no tabuleiro. Soltis mostra essa técnica assombrosa de Lasker, a sua recusa da passividade e o dinamismo que imprimia às posições que mesmo parecendo inferiores lhe permitiam o contra-ataque inesperado, o contra-golpe adivinhado por ele, mas insuspeitado para o adversário. Lasker tinha um sentido posicional de uma profundidade ímpar, sabia ler o tabuleiro e tinha uma noção de dinâmica de luta, de prática, de sentido de "aqui e agora do que pede a posição", que o punham à frente, claramente à frente da sua época. Por isso, os seus contemporâneros tinham dificuldade em compreendê-lo, e apontavam-lhe "psicologismos" " gosto de posições quase perdidas", quando não uma espécie de bruxo do tabuleiro, ou um homem cheio de sorte.
O que Lasker era, era um jogador superlativo, um lutador, que partia para o tabuleiro cheio de ambição, de confiança em si, nos seus dotes extraordinários de concepção de jogo e visão táctica, para além de um domínio do final fabuloso. A cada situação de mudança nas 64 casas, este homem deixava esquemas mentais e adaptava-se de forma magistral às convulsões criadas, fosse através de uma espantosa capacidade de simplificação para um final, fosse através de uma grande ou "petit" combinação elegante que lhe trazia a vitória, fosse através de um férreo e lógico aproveitamento estratégico de debilidades estruturais na posição do seu adversário.
Um Campeão em toda a medida, em toda a linha!
Isto tudo, Soltis nos mostra, sem grande alarido, comentando 100 partidas de Lasker de tal forma que nos obriga a mergulhar de cabeça no segredo ( que afinal não existe!) do jogo de Lasker.
Um livro de companhia serena, segura e de alimento de paixão! Uma enormidade de livro.


LIVROS DE LASKER


Dizer o quê deste livro? Simplesmente um dos melhores de iniciação (?) ao Xadrez que já se escreveram. Tirando as linhas de abertura, tudo o resto é de um didactismo de uma capacidade de ensinança que tornam este livro imprescindível. Rio-me de no último Nacional por equipas em Gaia, na banca de livros do Lanier, o meu amigo Cadillon, quase meter este livro pelos olhos dentro de um seu amigo " o melhor livro de xadrez" que se escreveu para quem está nos inícios do xadrez. A pessoa lá comprou o Manual do Lasker!
Tenho pena, muita pena, que um treinador de miúdos iniciados no xadrez, ou mesmo aqueles que já entraram no campo competitivo, ou não conheça este livro, ou simplesmente não o aconselhe ou obrigue a ler aos seus pupilos! "malhas que o treino (?) de xadrez em Portugal vai tecendo"!


Ternura enorme por este livro, dos primeiros que li, depois do Xadrez Básico. As Conferências de Lasker, o Lasker Professor, Livro muito simples, mas bonito e didáctico. Lasker sabia ir ao essencial.



Comprado ao Lanier, no passado mês de Agosto. Tinha a versão antiga em anotação PK4, etc e a versão alemã. Esta versão é limpa e sem grande aparato, mas em notação descritiva.
É Lasker na sua forma típica de comentar partidas: minimalista, parco mas objectivo nos comentários. É um bom livro de Torneio, mas não o coloquem ao nível desses monumentos que são "Karlsbad 1907", "Teplitz Schonau 1922", "Karlsbad 1929", Zurique 53, etc.
Lasker, tal como Capablanca, nunca foi um grande comentador de partidas. A sua paixão era o jogo, a luta prática no tabuleiro. Quando essa paixão o consumia, quando extravasava para uma rotina, então Lasker partia para outros vôos, outras caminhadas de espírito, porque era um homem racional, prático, de uma cultura, de uma inteligência emocional como poucos. Lasker nunca foi vencido pelo Xadrez, venceu-o sempre, domou-o como cavalo amestrado. O Xadrez, uma parte significativa da sua vida, mas se calhar nem a mais significativa, nem aquela que lhe proporcionou as maiores alegrias interiores.
Um Campeão do Mundo único, ímpar.


Pronto caros leitores, o que tenho sobre Lasker, a minha paixão sobre Lasker.
Ah! Repito, isto são opiniões pessoais, gostos intestinos, por isso aberto a outras visões, outros gostos sobre Lasker.
É o que tenho e a mais não sou obrigado! Claro que vou aumentar a minha Laskeromania, com um bom velho-novo Lasker que apareça, porque isto de gosto por livros é como escanção de vinhos, com a diferença que não gosto de provar e deitar fora, gosto sim de os aconchegar bem ao alto na minha biblioteca.









6 comentários:

  1. Excelente compilação.

    Juntar-lhe-ia uma pequena curiosidade editada há poucos anos em espanhol pela Merán com tradução e um interessante prólogo do Ricardo Calvo: «Lucha» (Albacete: 2003), um pequeno ensaio filosófico de Lasker em que o antigo Campeão do Mundo expõe algumas das suas concepções extra tabuleiro.

    Penso que pode ser encontrado na loja do Lanier.

    Gostei também da descrição da enciclopédia do Hooper e do Whyld. Obra valorosa mas polémica. Há uns tempos ofereci um exemplar a um amigo que me disse já ter lido críticas algo negativas a respeito. Deduzi que terão sido do Edward Winter que manteve com o Whyld várias polémicas historiográficas, mas que nunca o tratou com o mesmo desprezo intelectual que demonstra ao também aqui citado, Fred Reinfeld.

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  2. Alexandre...qualquer confusão em relação à Oxford Companion To Chess e Winter.
    Exactamente ao contrário! Winter chama-lhe um dos maiores livros de referência que se escreveram sobre Xadrez e se leres as Chess Notes do Winter são às dezenas e dezenas as referências e chamadas aos seus artigos da Oxford Companion para justificar omissões, erros crassos de outras obras.
    Alexandre, Isto são palavras do Winter sobre a obra do Hooper e Whyld :

    "It is a masterpiece representing a landmark in the literature of our game." Edward Winter, British Chess Magazine

    Há aí qualquer confusão. O que o Winter despreza
    é essa aberração enciclopédica com o nome de "The Batsford Encyclopedia of Chess, 1990" ou "Chess Encyclopedia" NY 91 de um cavalheiro chamado Nathan Divinsky. Também não é nada abonatório da "Golombek's encyclopedia of chess".
    Claro que sobre Schiller e Keene é melhor nem escrever o que Winter afirma, demonstrando com factos indesmentíveis as aldrabices que ambos cometem quando escrevem sobre História do Xadrez. Olha que sobre o Reinfeld, ele até é bem meigo, embora não perdoe as fantasias com que este espantoso autor de xadrez alimentava os seus vastos leitores ( Reinfeld, não era Historiador, mas sim um divulgador fabuloso do Xadrez nos EUA.

    Depois Alexandre, basta ir à Amazon e as citações de Jornais e "experts" como Norman Stevens ou Leonard Baeden bastam para perceber que a Oxford é a melhor Enciclopedia de Xadrez do Mundo. Dificilmente se encontra um erro na mesma, apesar de das suas quase 500 páginas a tornarem "curta".

    Assim, Winter ilibado, porque ele adora a Oxford. Quanto ao Whyld teve sim senhor umas discordâncias históricas com o Winter, mas sempre dentro de enorme cordialidade.

    Por falar em Winter: sabes que o Senhor vive num Castelo na Suiça e ninguém sabe quem é a verdadeira personalidade do Homem. Por mail, vai para anos recebi de um amigo a informação que o Winter é o William Harston, que chegou a jogar um Zonal no Algarve e era um excelente autor de livros de xadrez. Que o Harston desapareceu da cena do xadrez é verdade. Que ninguém sabe onde pára, também, por isso...um caso para Poirot!

    Grande abraço e obrigado pelo teu interesse.

    Isto aqui continua com boa afluência de outras zonas, sei que sou lido por GM de outras paragens mas o Xadrezista português quer lá saber do Lasker...falem-lhe em "lascas" e isso sim é só clicar! Dei uma sugestão por brincadeira ao Viriato no seu blogue, ele experimentou e não é que nesse semana as Visitas nacionais quase triplicaram!? Já percebeste que ele "apimentou" aquilo e zás, era só peões passados nacionais!

    Um grande abraço e...o Lasker não acabou ainda. Vem aí a partida que me fez apaixonar por este génio.
    Arlindo Vieira

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  3. Viva Arlindo.

    Também considero a obra do Hooper e do Whyld excelente.

    E foi por conta das discordâncias que o Whyld manteve com o Winter que deduzi ter vindo daí a crítica citada. Mas afinal é como dizes, a própria contracapa da Oxford Companion, que fui agora consultar, esclarece tudo com a citação do misterioso Winter.

    Ainda a respeito do autor, não me canso de navegar pelo site da Ken Whild Association, uma pérola de entusiastas cuja ambição é quase utópica: elaborar um catálogo universal dos livros de Xadrez.

    E porque não pergunto eu?

    Um abraço

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  4. Olá Arlindo.
    Não sei se conhece a existencia de um livro do outro Lasker, Edward Lasker, "Chess for fun, Chess for Blood" onde o autor faz uma análise apaixonante com mais de uma dezena de páginas de uma partida contra Emanuel Lasker.
    Uma espécie de Lasker contra Lasker, mas também e mais importante, um dos maiores elogios que já li a Emanuel Lasker.

    Um abraço.
    Dinis Lameira

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  5. Fico agora a dever-te a riqueza de informações coligidas e divulgadas.

    Blanco

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  6. Sobre o livro "Road to Chess Improvement" do Yermolisnky e a citação ao match Lasker-janowsky, é curioso, porque Edward Winter afirma que apenas o match de 1910 foi para o campeonato do mundo.

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