tag:blogger.com,1999:blog-2675564385427834927.post5818348228923156767..comments2023-02-09T23:09:57.004+00:00Comments on XADREZ MEMÓRIA: XADREZ E POESIA...Arlindo Rodrigues Vieirahttp://www.blogger.com/profile/03017562278595257559noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-2675564385427834927.post-22875423387943846272023-02-09T23:09:57.004+00:002023-02-09T23:09:57.004+00:00Respeitabilíssimo professor Gagarin, esse, sem dúv...Respeitabilíssimo professor Gagarin, esse, sem dúvidas, foi o melhor poema preparado em língua portuguesa sobre o xadrez que já tive o prazer de ler. Parabéns pelo belíssimo trabalho. Andre Permorenoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2675564385427834927.post-6069317551026884082018-08-18T14:56:09.145+01:002018-08-18T14:56:09.145+01:00O Jogo de Xadrez
*Autor: Gagarin Lima
Na vetusta ...O Jogo de Xadrez<br />*Autor: Gagarin Lima<br /><br />Na vetusta e lendária chaturanga<br />Sessa iniciou a envolvente magia<br />Logo o Rajá propôs recompensa<br />Pela magnífica invenção que surgia<br />Qual não foi a surpresa real<br />O brâmane ao pagamento se insurgia<br /><br />No limiar do medievo ocidental<br />Essa invenção célere se espalhou<br />Trazida pelas rotas Sassânidas<br />A nobreza e o clero a abraçou<br />Em uma sociedade hierarquizada<br />Rei, peões e bispos a representou<br /><br />Capivara, neófito ou Grande Mestre<br />Seduzidos pela arte de Caissa<br />Enxadristas Armem seus tabuleiros!<br />Trebelhos em infinitas premissas<br />Borges é que tinha razão<br />Deus atrás de deus começa a urdissa<br /><br />Aberturas, variantes, Deep blue<br />Linhas, armadilhas e ciladas<br />Preparamo-nos para o renhido combate<br />Táticas, estratégias e jogadas<br />Estudos fadigais postos a prova<br />Em Campeonatos, torneios e temporadas<br /><br />A lógica conduz a contenda<br />En passant começa a jornada<br />Roque em defesa do monarca<br />Abertura previamente preparada<br />Hegemonia do centro é alcançada<br />A refrega torna-se escaramuçada<br /><br />Siciliana defesa escolhida<br />Manobras hábeis de garanhões<br />Diagonal sempre bem protegida<br />Aterroriza até mesmo campeões<br />Variante do dragão a preferida<br />Agressiva com avanços de peões<br /><br />Saltando poderosos cavalos<br />Assombram bispos e pelotões<br />Na refrega renhida do combate<br />Sucumbem brancos/negros batalhões<br />Lances em sutis fianchettos<br />Revertem outroras formações<br /><br />Sacrifício da dama aristocrática<br />Desmantela retrancadas posições<br />Abrindo brechas nas linhas defensivas<br />Para a entrada triunfante dos peões<br />A ruína da dama de ébano planejada<br />Pastoreada por Torres em sutis previsões<br /><br />Peões na sétima fileira!<br />Ilusões de vitória na cruzada<br />O estratagema pensado impusera<br />Esperança na partida derrotada<br />O implacável relógio não perdoa<br />Tablas é a saída vislumbrada<br /><br />Quixotesca aventura deflagrada<br />Em partida velozmente elaborada<br />Fundamentos esquecidos na jogada<br />Fez cair em armadilha preparada<br />Dvoretsky predicava a alunada<br />Estudos de final abalizada<br /><br />Posicionais sacrifícios põe a prova<br />Estudados sistemas defensivos<br />Menchik, Anand ou Capablanca<br />Kasparov, Fischer ou seu Ivo<br />Todos tem em comum a Tal defesa<br />Que consagra gênios criativos<br /><br />Blitz, pingo ou simultânea<br />Às cegas, rápido ou epistolar<br />Online, pensado ou problemas<br />A modalidade não irá importar<br />A imortal sempre será sonhada<br />Por Câmara, Janete, Joara ou Polgár<br /><br />Na mente de patos, perus ou capivaras<br />Épicas partidas são jogadas<br />A assertiva de Tartakower é acertada<br />As falhas estão aí para serem efetivadas <br />Crassos erros em partidas peruadas<br />Reanimam para novas empreitadas<br /><br />*Sou professor de História do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE), Campus Juazeiro do Norte. Gosto de literatura e poesia. Guimarães Rosa é o meu favorito na literatura. Na poesia, transito de Humboldt a Patativa do Assaré. Sou pesquisador da temática: Linguagens e produção de sentidos no cotidiano caririense. Coordeno um grupo de pesquisa - Xadrez: Uma ferramenta cognitiva, além de ser um apaixonado pelo jogo de xadrez. Obs: Esse poema foi selecionado para 8ª mostra SESC de poesia – 2018.<br />e-mail: gagarinlima@ig.com.br<br />Rapadurahttps://www.blogger.com/profile/14716883247332703281noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2675564385427834927.post-55978155776080691992014-12-07T12:40:04.057+00:002014-12-07T12:40:04.057+00:00Estava procurando uma compilação boa de poemas e p...Estava procurando uma compilação boa de poemas e poesias sobre o xadrez.Encontrei!Adorei o seu trabalho.Obrigada Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2675564385427834927.post-23359664803654938342010-08-07T02:19:00.506+01:002010-08-07T02:19:00.506+01:00Menos por cortesia na retribuição do que pelo reco...Menos por cortesia na retribuição do que pelo reconhecimento da importância dos textos, venho manifestar o apreço pela pesquisa e valor dos poemas apresentados.<br /><br />O xadrez não existe apenas nos tabuleiros como a a própria vida nos ensina e nós persistimos em ignorar. <br /><br />Tenho para mim que, por vezes (muitas vezes, aliás), o grande valor não consiste apenas num texto, num livro ou num poema, mas num conjunto harmonioso ou temático. O que é o caso.<br /><br />Dirão alguns que não é xadrez, mas poesia. <br />Direi apenas que, há anos demais para terem nascido, o xadrez era bem mais arte e ciência do que cultura ou desporto, no sentido em que o entendemos actualmente. Ou sê-lo-ia, como nos temos da Maratona grega, um desporto do corpo e da mente.<br /><br />Coincidência ou não, o comentarista que me antecede perguntou-me, há uns anos nos tempos do "Salto de Cavalo" que tinha acabado de criar, se «queria elevar o nível cultural» desta malta. Não altura, não compreendi, na profundidade, aquela afirmação do Carlos Sirgado, mas blogues como o Xadrez Memória, relembram-me e provam, quanto justa era a apreciação do Carlos. <br />Não é o Xadrez Memória que está a mais entre nós!<br />Para nosso mal colectivo!<br /><br />Mas, Arlindo, o mundo não é só de trevas, situem-se nos tempos medievais ou nos tempos actuais.<br />No silêncio e no anonimato da leitura, gostaria de continuar a apreciar os seus textos.<br /><br />O reconhecimento quando não é sincero é quase sempre póstumo e considero isso injusto.FVhttps://www.blogger.com/profile/07899357547206001811noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2675564385427834927.post-71382264437247619942010-08-07T00:36:53.006+01:002010-08-07T00:36:53.006+01:00Meu caro Arlindo!
Estou sem palavras! Siderado, é...Meu caro Arlindo!<br /><br />Estou sem palavras! Siderado, é o termo...<br /><br />Depois dos 'posts' sobre os filmes (em que ninguém abriu bico!) e da tua paixão brasileira a propósito da grande senhora Cecília Meireles, dás-nos agora um banho de poesia! E que banho! Em tempo de canícula sabe a refresco.<br /><br />Permite-me usar o teu espaço para acrescentar uam referência a um poema da nossa grande Sophia, que foi publicado pela Caminho, na obra 'Geografia':<br /><br />" De Pedra e Cal<br /><br />De pedra e cal é a cidade<br />Com campanários brancos<br />De pedra e cal é a cidade<br />Com algumas figueiras<br /><br />De pedra e cal são<br />Os labirintos brancos<br />E a brancura do sal<br />Sobe pelas escadas<br /><br />De pedra e cal a cidade<br />Toda quadriculada<br />Como um xadrez jogado<br />Só com pedras brancas<br /><br />Um xadrez só de torres<br />E cavalos-marinhos<br />Que sacodem as crinas<br />Sob os olhos das moiras<br /><br />Caminha devagar<br />Porque o chão é caiado "<br /><br />Já conhecias, certo?!<br />É um prazer enorme, poder ler-te.<br /><br />SirgadoAnonymousnoreply@blogger.com